Restos de alimentos são transformados em adubo orgânico nas creches de Imbuia
Os alimentos consumidos pelos estudantes nas unidades escolares de Imbuia foram cultivados com resíduos transformados em compostagem. O projeto da nutricionista da Secretaria de Educação, Jessika Diniz, surgiu com a dificuldade de as escolas armazenarem o lixo orgânico.
“A gente começou a desenvolver nas unidades instaladas nas comunidades rurais por conta da coleta do lixo que acontece a cada quinze dias. Então como eu visito as escolas toda semana, eu via a necessidade de resolver essa situação e reaproveitar esse resíduo orgânico, transformando em compostagem para usar nos canteiros e produzir verduras, hortaliças e frutas”, explica a nutricionista, Jessika Diniz.
O projeto contou com a orientação técnica da ecóloga, Dulciane Schlickmann que atua no município com plantação orgânica. Também colaborou na ação a agente de Vigilância Sanitária da cidade, Tatiana Possani. “Envolvi essas profissionais, os pais, os alunos, os professores e as merendeiras que foram fundamentais no processo de compostagem”, destaca Jessika.
Jessika explica que para transformar os resíduos em material orgânico é necessário um cuidado com o descarte dos restos de alimentos. “A seleção dos resíduos e o armazenamento são importantes para evitar problemas no processo e a contaminação do solo. Tomamos todos os cuidados para impedir o ataque de moscas e outros bichos que pudessem comprometer o resultado final” disse.
Com o processo de compostagem em andamento, em outubro, com a ajuda da comunidade escolar foram preparados os espaços para a construção da horta. A semeadura das hortaliças, das verduras e o plantio das frutas aconteceram em seguida. Depois de dois meses, usando o material orgânico, essa é a fase mais deliciosa. A hora em que as crianças realizam a colheita.
“Hoje estamos colhendo as verduras e os legumes, é uma alegria para as crianças ver o esforço delas ali no prato. Ainda tem bastante coisa para desenvolver no projeto ano que vem. Vamos envolver as crianças na produção de receitas, onde elas vão colocar a mão na massa. Me sinto feliz que o projeto deu certo”, comemora a nutricionista.
A iniciativa aplicada nos CEIS Branca de Neve, Tia Lúcia e Sítio da Saudade motivou outras unidades do Centro que replicaram a ideia e também já estão na fase de colheita.